16 de dez. de 2010

Com nova diretoria, Sindicato dos Servidores de BH debate filiação a uma central sindical

A diretoria eleita do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel) foi empossada nesta quarta-feira, 15 de dezembro. Os discursos foram unânimes em reconhecer os desafios do sindicalismo, devido ao novo quadro instaurado com a ratificação da Convenção 151, que reconhece a organização dos trabalhadores do serviço público e o direito de negociação coletiva.

Célia Lélis foi reeleita “presidenta”, como fez questão de ser chamada. Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo. Os servidores públicos de Belo Horizonte formam uma categoria bastante plural, com cerca de 40 mil trabalhadores da administração direta e indireta.

Célia Lélis afirmou que “o momento é de unidade na luta contra a retirada de direitos”. Sua fala tem como pano de fundo pelo menos dois elementos: o avanço de medidas neoliberais na administração de Marcio Lacerda (PSB) e as decisões da categoria no último domingo, encerramento do 2º Congresso do Sindibel.

A deliberação mais repercutida no meio sindical é a não-filiação a nenhuma central sindical. O Sindibel era filiado à CUT. A CTB está representada na nova direção, cujo perfil é híbrido e marcado pela coexistência das centrais.

Servidores devem amadurecer o debate sobre filiação

Para o Diretor Regional Pampulha, Carlos Apolinário, a deliberação do congresso foi madura, e importante para manter a união da  diretoria e da categoria. Ele aposta que será intensificado um debate nessa gestão, possibilitando aos servidores amadurecer seu posicionamento.

A Primeira Secretária, Inês de Oliveira Costa, também acredita na intensificação de um debate salutar, pois os servidores teriam dificuldade para diferenciar as centrais sindicais. “A categoria precisa conhecer o amadurecimento político e a evolução histórica das centrais”, afirma. Inês acredita que uma decisão precipitada poderia implicar em “equívocos” na atuação política do Sindibel.

Célia Lélis informou que o próximo congresso do Sindibel, daqui a dois anos, deve colocar um ponto final neste debate. Outras formas de consulta aos trabalhadores - como o plebiscito - também serão estudadas.

Verônica Pimenta – Jornalista CTB Minas

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