24 de jan. de 2013

Reunião sobre demissões no Centro Universitário Newton Paiva acaba sem acordo


Impasse. Esse foi o resultado da tentativa de conciliação, na tarde do último dia 23, entre o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) e o Centro Universitário Newton Paiva, no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Belo Horizonte. A reunião foi para discutir a demissão de 90 professores que, segundo a instituição, foram desligados por causa de uma “reestruturação”, que inclui “desligamentos e admissões”.
De acordo com a diretora Sinpro Minas, Maria das Graças de Oliveira, os 90 professores demitidos correspondem a algo próximo de 17% do quadro da instituição. “Acreditamos que esse número possa ser ainda maior”. Ela descarta que as demissões seriam fruto de dificuldade financeira e diz que o centro universitário está pagando em dia os professores.
A proposta do sindicato foi de que os professores dispensados fossem reintegrados, o que foi descartado pelo advogado da instituição, Tarcísio Alberto Giboski. “Seria inviável, a estruturação está toda montada”, disse ele durante a mediação. Outra proposta feita pelo Sinpro Minas, também descartada, foi de se fazer uma compensação financeira aos demitidos, antes da homologação.
Maria das Graças afirmou que a reunião foi frustrante. “A instituição não trouxe nenhuma proposta. Eles querem que façamos a homologação das demissões para depois conversar. Isto não existe”.
A vice-presidente do Sinpro-MG, Valéria Morato, não descartou a possibilidade de uma ação judicial com pedido de reintegração dos professores e disse que o sindicato vai procurar conversar com o Sindicato dos Auxiliares de Administração de Ensino, que conta com cerca de 40 trabalhadores demitidos, para agirem juntos.
Ontem, a procuradora do Trabalho Ana Cláudia Nascimento Gomes deu início a uma representação, que pode ou não virar denúncia.
Nova venda
Já há rumores de que as mudanças podem resultar numa possível venda da Newton Paiva, que hoje é controlada pelo grupo Splice. “Eles estariam arrumando a casa para poder vendê-la”, disse um ex-professor da instituição que preferiu não ser identificado. Outros professores disseram o mesmo. A reportagem não conseguiu confirmar os boatos com a instituição.
Uma ex-professora da Newton com mais de dez anos de casa, que preferiu não ter o nome revelado, disse que o período de demissão, que foi no final de semestre de 2012, não permitiu sua recolocação no mercado.
“Agora, só por volta de maio para participar das seleções”, lamenta. “A minha sorte é que tenho outro trabalho”.
Fonte: O Tempo Online.

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