27 de mar. de 2013

Marcha mobiliza 3 mil trabalhadoras rurais no norte de Minas


Cerca de três mil trabalhadoras rurais do norte de Minas Gerais participaram da 4ª Marcha das Mulheres na cidade Porteirinha, nos dias 22 e 23, com o objetivo de chamar a atenção pelo fim da violência contra a mulher, por menos burocracia no crédito, por uma reforma agrária ampla e massiva e por um modelo de produção agroecológica sustentável.
A cada ano a marcha vem se tornando mais expressiva. Em 2010, quando começou, foram apenas 400 trabalhadoras. Neste ano, trabalhadoras, inclusive de outras regiões do Estado aderiram à mobilização. Houve o envolvimento de mulheres de 30 municípios.
“Regiões como o Sul de Minas e Vale do Mucuri vieram participar e conhecer de perto a  nossa força de mobilização para adotar a iniciativa em suas regiões”, diz a presidente da Associação do Coletivo de Mulheres Organizadas do Norte de Minas, Maria de Lourdes Nascimento.
A 4ª Marcha das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Norte de Minas foi realizada com o apoio da Fetaemg, por meio da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).
Após esses três anos de realização da marcha, as trabalhadoras tiveram importantes conquistas, especialmente por mostrarem que estão organizadas e comprometidas com as causas das mulheres do meio rural. Como resultado das mobilizações, foram reativados Conselhos Municipais, além da conquista de uma unidade móvel de atendimento à mulher que sofreram violência.
Lourdes diz que a marcha trouxe ainda um importante ganho para as mulheres rurais, a conquista de espaços políticos. “Hoje as trabalhadoras estão mais organizadas e conscientes da necessidade de participarem desses espaços”, diz.
A coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Fetaemg, Alaíde Bagetto, diz que a marcha pode servir de exemplo para que outras regiões do Estado adotem a iniciativa.
“Cabe à Coordenação Regional junto com os Sindicatos, associações, grupos produtivos de mulheres mostrarem a força da mulher do campo na conquista de seus direitos e ideais”, explica.
Fonte: Fetaemg


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