6 de nov. de 2013

Centrais convocam trabalhadores para manifestações contra o Fator Previdenciário no próximo dia 12

As centrais sindicais irão às ruas no próximo dia 12 para lutar contra o Fator Previdenciário. A mobilização, prevista para acontecer em todas as capitais do país, parte da necessidade de se retomar as negociações pelo fim dessa herança neoliberal do governo de Fernando Henrique Cardoso.
No dia 21 de agosto, as centrais sindicais foram a Brasília para tratar do tema. Na ocasião, foi decidida a formação de um Grupo de Trabalho, formado por representantes dos ministérios da Fazenda e da Previdência, além da secretaria geral da presidência da República, com o intuito de encontrar uma alternativa ao Fator. O prazo estabelecido para que uma nova reunião fosse convocada foi de 60 dias. No entanto, até agora não houve nenhum retorno por parte do governo.
“A mobilização será a nossa resposta. Faremos bem em ampliar as manifestações, pois estávamos concentrando essa mobilização em Brasília”, disse o secretário de Previdência e Aposentados da CTB, Pascoal Carneiro.
Ataques
O dirigente da CTB recorda que o argumento do governo FHC para a criação do Fator era a necessidade de economizar recursos. “No entanto, de 1999 a 2013, segundo dados do governo, a economia foi de R$ 56 bilhões. Mas se pegarmos apenas dados de 2006 a 2013, somente com desonerações e renúncias fiscais o rombo foi de R$ 126 bilhões”, argumenta.
Para Pascoal Carneiro, o problema da Previdência Social está na política macroeconômica do governo. “Do modo como está, esse suposto ‘rombo’ vai continuar”, diz. “A Previdência não tem déficit. O problema é que toda a Seguridade Social sai dos cofres da Previdência, quando deveria sair do Tesouro. Tudo sai do caixa da Previdência. Ela, no entanto, é superavitária”, sustenta.
Prejuízos
O Fator Previdenciário é um critério utilizado para calcular o valor das aposentadorias, considerando o tempo de contribuição, idade e expectativa de vida. Criado em 1999 por Fernando Henrique Cardoso, o Fator reduz de forma injusta o valor do benefício, provocando uma perda salarial que pode superar os 40%. Vale lembrar, que nem os governos Lula e Dilma acabaram com o Fator Previdenciário. Por isso, o movimento sindical volta às ruas para acabar com esta injustiça social.
O Fator Previdenciário prejudica a todos os trabalhadores e trabalhadoras, especialmente a quem começou a trabalhar muito jovem – o que é muito comum no Brasil entre as famílias de menor renda, ou seja, a maioria dos brasileiros e brasileiras.
Por isso, a CTB exige o fim do Fator Previdenciário, que é nocivo aos trabalhadores e trabalhadoras, à sociedade brasileira e ao desenvolvimento do País. Para a CTB, acabar com o Fator é fazer justiça a quem teve que começar a trabalhar mais cedo, é pensar no futuro dos nossos jovens e das novas gerações.
Fonte: Portal CTB.
Edição: CTB Minas.


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