16 de jul. de 2014

Explosão que matou quatro trabalhadores mostra risco nas fábricas de fogos em Santo Antônio do Monte



Mais uma explosão em fábricas de fogos de artifício na cidade de Santo Antônio do Monte deixa quatro trabalhadoras mortas e um ferido. A explosão aconteceu na manhã desta terça-feira (15/07) na empresa Fogos Globo, uma das maiores da cidade com 40 anos de atuação. Desde 2012 já foram 14 mortes de trabalhadores dentro das fábricas de fogos que expõem a falta de segurança e preservação da vida dos trabalhadores. O ramo de atividade emprega a maioria dos moradores de Santo Antonio do Monte.

A CTB-Minas lamenta as mortes das trabalhadoras e cobra melhoria das condições de trabalho na região. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Fábricas de Fogos de Artifício de Santo Antônio do Monte e região (Sindifogos) as vitimas foram identificadas. São elas: Daiana Cristina Marciel, de 25 anos, de Virginópolis (MG), Maria das Graças Gonçalves Siqueira, de 42, de Formiga (MG), Maria José de Soledade, de 27 (naturalidade não divulgada) e Marli Lúcia da Conceição, de 35, de Maceió (AL). Ainda de acordo com o sindicado, um homem ficou ferido. Ele teve o braço quebrado e não corre risco de morrer. 

A explosão deixou o galpão da fábrica completamente destruído. O Exército, responsável  por fiscalizar as empresas e controlar o comércio de explosivos, afirmou que caso a perícia da Polícia Civil e as investigações apontem irregularidades, como o mal acondicionamento da matéria-prima, a empresa sofrerá sanções previstas em lei, como o descredenciamento para o exercício da atividade.    

 Para o diretor da CTB-Minas, José Antonio Lacerda, o Jota, o trabalho na fabricação de fogos de artifício é precário e o risco de acidente é sempre eminente. “Essas tragédias devem trazer nossa reflexão sobre o perigo constante de morte que estes trabalhadores estão expostos. Nenhuma atividade lucrativa pode colocar em risco a vida das pessoas” observa. A cidade mineira é a segunda em produção de fogos no mundo, perdendo apenas para a China. 

Foto: Jornal Estado de Minas

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