10 de fev. de 2017

Ao chamar CLT de "fascista", relator revela ignorância sobre as lutas da classe trabalhadora

Em declaração ao jornal O Estado de São Paulo, o relator da proposta de lei que reforma a legislação trabalhista (PL 2787), o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), chamou de "fascista" a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O PL proposto pelo governo Temer, além de rebaixar direitos, diminuir os custos das contratações (e das demissões) pelas empresas e aumentar o lucro dos empresários no Brasil, busca enfraquecer o papel dos sindicatos.
Ao criticar a declaração do parlamentar, o presidente da CTB, Adilson Araújo, afirmou que "está claro que o referido relator desconhece a história de lutas do seu próprio país. Fascistas são as suas ideias retrógradas e ultrapassadas que ameaçam os direitos da classe trabalhadora".
Araújo: "Está claro que o referido relator desconhece a história de lutas de seu próprio país"
E emendou: "Marinho fala de modernidade, mas seu discurso esconde a defesa de um tempo em que o trabalhador e a trabalhadora era submetido a condições desumanas. Ou seja, sua declaração é digna de qualquer senhor de engenho do século XVII".
Santana: "O que mais se aproxima do fascismo é voltar à época da barbárie nas relações do trabalho no Brasil"
Na mesma linha, o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, acrescenta que Marinho "retoma uma farsa segundo a qual a legislação trabalhista brasileira teria sido inspirada na 'carta del lavoro' da Itália de Mussolini".
Na opinião de Santana, "o que mais se aproxima do fascismo, na verdade, é voltar à época da barbárie as relações do trabalho no Brasil".
Joanne Mota - Portal CTB

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